terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Coleta de lixo subterrânea de Barcelona

Em Barcelona, existe um sistema diferente de coleta de lixo.

A cinco metros abaixo das ruas existem tubulações que “sugam” o lixo depositado em lixeiras especiais a uma velocidade de aproximadamente 70 quilômetros por hora e levado às estações de reciclagem ou incineração (conforme infográficos abaixo).




Esse sistema é chamado “coleta pneumática” e já existem 600 redes assim espalhadas por 150 cidades no mundo. Com isso, evita-se o acúmulo de sacolas de lixo nas ruas, a coleta seletiva se torna obrigatória e não são mais necessários os caminhões de lixo.

Até 2018, a meta de Barcelona é atingir 70% da cidade com essa tecnologia, já que não é possível chegar a 100%, por conta de bairros com irregularidades no terreno, o que inviabiliza a instalação das redes.



NO BRASIL
Brasília, que abriu licitação para mudar a coleta de lixo, pode ser a primeira cidade do País a ter um sistema a vácuo subterrâneo. “Vamos apresentar o projeto ao governo distrital e disputar licitações”, diz o gerente da Envac no Brasil, Fábio Colella.

Segundo ele, o projeto poderia ser inaugurado já em 2011. Colella diz que, desde 2007, a empresa estuda trazer a tecnologia a cidades como São Paulo e Rio.



Será? Será?
Será que o Rio seguirá os exemplos de Barcelona com as melhorias advindas dos Jogos? Tomara que sim!


**

Fonte: Estadão (para ver a matéria completa clique aqui)

II Conferência Internacional "Processo AQUA" da Fundação Vanzolini

do Blog <<http://vanzolini.wordpress.com/>>


A Fundação Vanzolini realizará, no dia 16 de março, a II Conferência Internacional Processo AQUA: A certificação da construção sustentável na França e no Brasil, a partir das 8h30, no Hotel Holiday Inn Parque Anhembi, em São Paulo. O evento, que é uma parceria com a Reed Exhibitions Alcantara Machado e faz parte do Núcleo de Conteúdo Feicon Batimat 2011, será realizado simultaneamente à maior feira da construção da América Latina.

A Conferência trará especialistas internacionais e brasileiros, que apresentarão um panorama da certificação da construção sustentável na França e no Brasil, e contará com a abertura do professor José Joaquim do Amaral Ferreira, vice-presidente e diretor de Certificação da Fundação Vanzolini, e como moderador José Roberto Bernasconi, presidente do Sinaenco- Sindicato da Arquitetura e da Engenharia.

Entre os convidados, estão representantes das entidades francesas Cerqual, do Grupo Qualitel, organismo francês de certificação de empreendimentos habitacionais, e da Certivéa, subsidiária francesa do CSTB (Centre Scientifique et Technique du Bâtiment), responsável pela certificação de edifícios do setor de serviços. Além disso, serão apresentados cases de clientes da Fundação Vanzolini que receberam a certificação Aqua.
Clique aqui para mais informações.
Mais informações: tel. 11- 3717-0737
feicon.inscricao@reedalcantara.com.br

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Tropicalização

Você sabe o que é tropicalização?

"Tropicalização" é um termo usado para definir a adaptação de um produto ou sistema para países "tropicais". O termo tropicalização é controverso, pois faz menção aos "trópicos" ou à "tropical"; o que não é necessariamente correto, já que o mesmo termo é usado quando da adaptação de sistemas estadudinenses para o Japão, por exemplo. Mesmo assim, o termo "tropicalização" entrou em uso comum.

A tropicalização de produtos é muito utilizada na indústria automobilística.  Carros e seus componentes têm que ser adaptados à realidade do país onde serão utilizados para garantir o mínimo de problemas no seu uso. No caso do Brasil, os pneus, suspensão, vidros, etc. devem ser adaptados às estradas (que estão em péssimo estado se comparadas com as americanas ou eropéias), às condições climáticas e até componentes de ergonomia, conforto e estética devem ser adaptados ao biotipo e gosto do brasileiro. Tudo isso sem perder as características originais do produto (muitas adaptações nem são percebidas pelo usuário).

Assim como produtos, muitas vezes sistemas e serviços também devem ser adaptados ou "tropicalizados".  No Brasil, por exemplo, práticas sociais e culturais podem interferir na eficácia de um sistema negativamente e, muitas vezes, uma simples adaptação pode fazer toda a diferença no resultado final.  O conhecido jeitinho brasileiro é muito diferente do american way of life, por exemplo. E, cada povo, dentro das suas características pode alcançar ótimos resultados, de maneiras diferentes.

Os sistemas de certificação ambiental de edifícios que estão cada vez mais sendo aplicados e difundidos como diferencial mercadológico no Brasil, também devem passar por este processo.  Aqui, sabe-se que dois selos são comumente aplicados no mercado: o AQUA (que é uma adaptação do HQE francês) e o Leed (que é o selo americano mais utilizado no mundo), que está passando pelo processo de tropicalização.

O GBC Brasil (Green Building Council Brasil), filial do USGBC no Brasil (criador do selo Leed), está elaborando a tropicalização do selo Leed para o Brasil. Até lá, aqui ainda é usado o selo com critérios internacionais e unificados, como é utilizado em qualquer país do mundo (hoje, o selo Leed é o mais aplicado no Brasil). Como consequência, consultores, arquitetos e demais profissionais que aplicam o selo, já relataram diversos problemas causados pela aplicação de um selo não tropicalizado no Brasil: o sistema métrico é diferente, critérios exigidos não fazem sentido quando aplicados à realidade geográfica/climática/social brasileira, etc.

O resultado da aplicação de um selo "não tropicalizado" para certificação de edifícios é menos visível que a "não tropicalização" de um produto como o pneu de um carro, por exemplo. Os resultados, neste último caso, são mais visíveis a curto prazo e fiscalizados pelo próprio usuário. Já os resultados da certificação ambiental de um edifício somente são visíveis a longo prazo e não são fiscalizados pelo usuário, já que não existe ainda uma legislação, consciência ou exigências da sociedade para apresentação de resultados práticos dos benefícios para o meio ambiente oriundos de uma edificação certificada.

Espera-se que esta prática mude para que possamos importar cada vez mais processos e produtos que melhorem a qualidade de vida e a qualidade do meio ambiente, com REAIS resultados locais.


Paradoxalmente, num mundo cada vez mais globalizado, deve-se pensar Global, agir local.



**
"A certificação ambiental de edifícios no Brasil: a importância da regionalização" (dissertação em andamento)
Daniela Corcuera: http://www.engenhariaearquitetura.com.br/?p=4230
Manoel Rocha: http://www.baguete.com.br/artigos/400/manoel-rocha/21/05/2008/os-riscos-da-tropicalizacao
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...